Razr i é o melhor intermediário segundo o infolab

O Razr i tem uma missão importante: representar a arquitetura dos chips Intel no mundo Android em grande estilo. Lançado no dia 4 de outubro, o aparelho é o primeiro a receber um processador Atom com núcleo de 2 GHz para o mercado Brasileiro.


Chamado de Medfield, esse Atom Z2480 é o resultado de uma forte parceria da Motorola Mobility com a Intel. Desde as primeiras especulações sobre o smartphones, as dúvidas sobre como o Android se comportaria com a arquitetura x86 eram grandes. O resultado põe um fim a todas as suspeitas negativas, em especial em relação ao desempenho, aquecimento e consumo de energia. Durante os testes do INFOlab, o aparelho resistiu por 11 horas e 31 minutos fazendo uma ligação, com Wi-Fi e Bluetooth ativados. Para uma bateria de 2.000 mAh, o resultado ficou bem acima da média.

Duração da bateria em uso intenso
Barras maiores indicam melhor desempenho

Motorola / Razr i
11h31min

Samsung / Galaxy S II Lite
9h19min

LG / Optimus L7
7h17min

Sony / Xperia P
5h28min

Com preço sugerido de 1.299 reais (desbloqueado), a Motorola posiciona o Razr i como um smartphone intermediário. Essa é a categoria com o maior número de opções e discrepância de preços e qualidade de hardware. Se olharmos para as especificações do Razr i e, em especial, para sua construção, ele poderia se passar facilmente por um aparelho topo de linha. Com exceção de alguns recursos, como o LTE, uma exclusividade que ainda pertence ao Razr HD na Motorola.

Construído em alumínio e com acabamento em Kevlar na traseira, o aparelho pesa só 126 g e tem 0,8 centímetros de espessura. A pegada é muito confortável e firme. No geral, o Razr i aparenta resistência. Com 6,1 cm de largura e 12,3 cm de altura, esse smartphone não parece ter uma tela Super AMOLED de 4,3 polegadas com proteção Corning Gorilla Glass. Parte do truque foi eliminar os botões físicos e integrá-los à interface. Dessa forma, a tela pode ser estendida para ocupar quase toda a face frontal da carcaça. Por esse motivo, seria justo dizer que a área útil oferecida ao usuário é de 4 polegadas, já que o restante servirá sempre aos botões. A resolução de 540 por 960 pixels exibe imagens nítidas, com ótima fidelidade nas cores e bom brilho. A sensibilidade também é um ponto forte. Mesmo nas bordas, ponto fraco da maioria dos aparelhos, o reconhecimento aos toques se mostrou muito preciso durante os testes.

Sem tampa traseira removível, o acesso ao cartão microSIM e microSD é feito por uma fenda com tampa de borracha em uma das laterais, ao lado da porta microUSB para recarga de bateria e dados. Na face oposta há controles para controlar o volume, ligar/desligar o aparelho e um botão dedicado para a câmera. O conector P2 para fones ficou solitário na face superior. Uma característica peculiar é a dificuldade de inserir e remover o cartão microSD e o microSIM. Alcançar os dois com os dedos, a não ser que a unha esteja comprida, é uma tarefa praticamente impossível. A solução é recorrer a uma caneta ou clipe de metal.

Nos benchmarks, a Intel mostrou a que veio. Nos testes do INFOlab o Razr i cravou 4.408 pontos no Quadrant. O Galaxy S II Lite, até então o campeão dos intermediários do INFOlab, registrou 2.866 pontos. No GeekBench 2, único software de avaliação que roda tanto em iOS como em Android, o Razr i atingiu 1.011 pontos, contra 1.684 do iPhone 5. 

Benchmark Quadrant (em pontos)
Barras maiores indicam melhor desempenho

Motorola / Razr i
4.408

Samsung / Galaxy S II Lite
2.866

LG / Optimus L7
2.114

Sony / Xperia P
2.152



Além do hardware bem equilibrado, a interface da Motorola para o Ice Cream Sandwich evoluiu muito. Seguindo a linha inaugurada com o Razr HD, a empresa abandonou a Motoblur e apostou em intervenções mais sutis e bastante úteis. Os ícones, menus e padrão de cores estão muito próximos da versão pura do sistema. A novidade é o acesso rápido a um menu de configurações. Ele é acessado ao deslizar a tela inicial para a esquerda. Pelo painel é possível ativar/desativar o toque, Wi-Fi, GPS, Bluetooth, Dados móveis e modo avião. Depois de chegar até a última tela, se o usuário continuar deslizando irá ativar um assistente para criar mais áreas de trabalho. Há opções para adicionar uma em branco ou com widgets e atalhos pré-definidos. A Motorola também desenvolveu um pequeno widget chamado de Círculos, com previsão do tempo, relógio e nível da bateria. Apesar de simples, o visual é bem interessante.


Confiando no player de vídeo nativo do Android, o Razr i reproduz os formatos MP4, H.263, H.264 e WMV sem legendas. Isso faz dele uma plataforma não muito eficiente para acompanhar seus seriados ou filmes, pelo menos não sem instalar um player alternativo. Por outro lado, a execução de áudio merece destaque. Além da boa interface do player, o aparelho reproduz AAC, AAC+, AAC+ Enhanced, AMR NB, AMR WB, MIDI, MP3, PCM, WAV, WMA, FLAC e OGG/Vorbis. Para acessar bibliotecas de outros dispositivos, ou mesmo enviar conteúdo para a TV por Wi-Fi, o Razr i conta com DLNA. A troca de arquivos e pareamento com acessórios também é um ponto forte, já que além do Bluetooth o smartphone conta com chip NFC. 

Também acompanha uma versão do QuickOffice para criar e editar documentos do Microsoft Office, além dos games Shrek Kart e Fifa 12. O modo veicular oferece um layout interessante e que facilita o uso no veículo. Além de oferecer acesso rápido a aplicativos de mapa e navegação, é possível criar atalhos para aplicativos.

Com 8 megapixels e flash LED, a câmera do Razr i fez um bom trabalho em nossos testes. Além de capturar imagens com boa qualidade, ela faz vídeos em 1.080p a 30 quadros por segundo, tem recurso de HDR (que mescla duas fotos com valores de exposição diferentes), ajustes de luminosidade, balanço de branco e efeitos simples. Um destaque é o modo de captura contínua. Nele o aparelho registra 10 fotos em 1 segundo.

A câmera se comporta de acordo com a maioria dos smartphones: ótima com muita luz, mas com ruído bastante aparente à noite e em locais pouco iluminados.

Via: INFO














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